Por vezes paro, reflito e procuro respostas para algo que,
assim como eu, milhões de pessoas sentem, e que claro alguns também tentam
buscar na reflexão, o que acontece ao vestirmos o manto alvinegro, nem sempre
fisicamente, mas por exemplo quando nos preparamos para um jogo de nosso time
ou quando discutimos ou conversamos sobre nosso glorioso.
É um sentimento de absurdo fortalecer, que nos domina, que
infla nosso peito e que nos permite soltar o maior de todos os brados de nossas
Minas Gerais e de nosso Brasil: GALOOOOOOOOOOO!
Mas como é isso? Por quê? Por que nossos rivais não têm o
mesmo sentimento?
Lembrei-me primeiramente de figuras mitológicas, mas ainda
não era isso, mas que acabaram por me levar aos primórdios da civilização, que
hoje sabemos por pinturas rupestres ou pela civilização egípcia, da possível
existência dos “Ulfhednar”, ou guerreiros lobos, e que mais tarde, surgiram
também os “Berserker”, ou guerreiros ursos.
Ambos eram conhecidos como guerreiros ferozes, resistentes à
dor, que não desistiam nunca, que eram capazes de canalizar o espírito daquele
animal feroz, fortalecendo o corpo e partindo para cima de seus inimigos com
todo o vigor, sem temer o contragolpe mortal do fogo ou do ferro.
Estes guerreiros já entravam no campo de batalha irados,
prontos para vencerem as batalhas, e para isso, vestiam-se com a pele de lobo
(Ulfhednar) ou urso (Berserker).
Descobri aí uma semelhança com o que vivemos. Nós, assim como
nossos jogadores, ao vestir o manto alvinegro, criamos uma conexão quase
espiritual que nos une em um só objetivo, vencer cada partida disputada, cada
discussão apresentada, cada copo quebrado, e que em todos os casos, ao final
bradamos nosso urro, que vem de nosso peito como um alívio pelo fim da
batalha... GALOOOOOOOOOOOOO!
Aos nossos rivais, que não têm o mesmo sentimento, só tenho
uma conclusão plausível, nasceram em clãs diferentes. Assim como na natureza,
temos lobos, ursos, galos, leões e outros animais que se impõem frente às
dificuldades criadas pelo próprio ciclo natural para vencerem seus desafios
diários, por outro lado, existem outros que se destacam por viverem escondidos,
sorrateiros e que vivem de sobras, roubos e tremendo pelos cantos, tais como
ratos, urubus, raposas, coelhos e outros mais, que nunca vão entrar em um campo
de batalha com tamanha gana como outros animais.... características diferentes, clãs
diferentes.
Obrigado Deus por fazer-me pertencer ao clã dos bravos,
daqueles que lutam por uma vitória até o momento final da batalha, daqueles que
sabem que cada partida é um momento decisivo e que pode separar os verdadeiros
guerreiros dos sorrateiros arrogantes.
Por Leo Koscky
Siga no Twitter: @leokoscky
É o clã do Galo Doido! Sem igual!
ResponderExcluirE não tem como ser diferente... cada vez mais!
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