Agora que o título foi definido e
não ficou em Lourdes, decidi escrever sobre a campanha do Atlético no
Brasileirão 2015. Mas ao começar questionei-me: qual o Atleticano Paulo Azulay
que vai escrever? O que olha o Galo com o coração (emocional) ou o que olha com
a razão (racional)? Então vivi o seguinte “diálogo” entre os dois:
- Cara, Levir tem que sumir do
Galo. Ele é teimoso, burro com sorte e acabou com o Atlético – Disse o
Emocional.
- Velho, calma. Levir ajudou ao
Nepomuceno a equacionar a folha salarial e, por isso, pagamos em dia salários,
direitos de imagens e premiações que vinham atrasadas desde a era do turco –
Ponderou o Racional.
- Ah, então agora o que vale é
salário em dia e nada de título? Porque mineiro não é título. Nosso preparo
físico é ridículo. Eu odeio esse Levir!!!
- Não, sô. Precisamos ter
paciência. O nosso amado Galo vem de quatro boas temporadas. Ganhamos
Libertadores, Copa do Brasil, Recopa, Estaduais e estamos indo para a quarta
Libertadores seguida, sendo em dois vices do Brasileirão. Uma hora esse tal de
Brasileirão vem, inclusive.
- Rapaz, deixa eu te falar uma
coisa. Sou do tempo que o Galo não aceitava este tipo de técnico e este tipo de
jogadores como os que aí estão. O Galo é raça. Sempre foi para cima dos
adversários e a massa empurrando. Esses caras tão de sacanagem. Nós temos uma
das piores defesas do campeonato. Me ajuda aí ...
- Bicho, eu te entendo. Mas nessa
época que você citou aí, a gente passava maus bocados com elencos pífios e poucas
taças. Hoje lutamos em igualdade com o eixo. No entanto, é preciso reconhecer
também a superioridade do adversário. Foram melhores do que nós e mereceram o
título.
Então, eis que surge um terceiro
Paulo Azulay que, inspirado por Clarice Lispector, diz:
- “Eu escrevo sem esperança de
que o que escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo
a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar
de um modo ou do outro.” Sou uma mistura de vocês dois. Sou o olhar emocional e
o olhar racional e sugiro que nós três possamos ter um olhar espiritualizado
para o Atlético. Olhemos nosso time criticamente. Precisamos sempre cobrar de Presidente,
Diretoria, Comissão Técnica e Jogadores. É salutar tal cobrança, mas não
deixemos de lado a compreensão, reconhecimento e, sobretudo, o amor pelo clube.
Dito isto, encerro. Qual o Levir
que fica? O Levir que chegou a ser pedido na seleção? O motivado, o de grupo, o
paizão, o que sabe posicionar time, o que fez o atlético ter toque de bola ou
este que, numa última imagem, sugere desânimo e apatia? Quais jogadores
teremos? Os comprometidos como os dos últimos quatro anos ou os que aparentam
desmotivação neste final de 2015? Ciclos estão se encerrando? Leonardo Silva
poderá ser nosso zagueiro e capitão ano que vem? Rocha voltará a jogar bola? Quem
será o camisa dez? Quem chegará para assumir o protagonismo como fez o Bruxo?
Meu coração espiritualizado torce
para que os caminhos do Galo em 2016 possam ser de glórias e títulos.
Por @pauloazulaybh
- Paulo, boas colocações. O Galo de "antigamente" não cantava tao alto. De quatro anos pra cá a coisa mudou.
ResponderExcluir- Eu renovaria com Levir, desde que ele fosse fazer uma reciclagem de uns quinze dias na europa. Muito simples.
- Treinam e treinam, dia após dia, mas não havia ninguém marcando o Kardec. Um técnico com pulmões fortes à beira do campo não teria deixado acontecer. Patric era o lateral? Excessiva troca de passes, temos técnico?
- Quando joga em casa, sob o chicote da torcida, eu aposto no Galo. Fora é sofrimento e amargura.
- Em chutes de longa distância, o cidadão honorário não enxerga a bola. Falhou feio e derrubou o time.
- Os reservas não valem nada, não tem um que preste. Acorda Nepomuceno!
tô nesse impasse tb... manda embora ou pensa no que foi feito ate aki? manda embora ou deixa ele amadurecer no galo? sei lá seja o que deus quiser e deixo nas mãos de quem entende
ResponderExcluirQue fique claro uma coisa: no Brasil não há nenhum técnico hoje que possa substituir o Levir Culpi à altura. Ele conhece o Galo e a torcida profundamente. É um profissional exemplar, bom caráter e inteligente, sempre montou times competitivos, mesmo quando o material humano era limitado. A história de que ele não quis reforços é ingênua. É óbvio que ele disse aquilo para não perder a confiança do elenco, pois sabia que a grana pra contratar não existia. Ele nunca iludiu a torcida, como muitos fazem. Espero que o argentino Alejandro Sabella esteja a caminho, pois ele é o único que pode acrescentar algo ao trabalho atual. Caso contrário, a decisão do presidente terá sido um enorme tiro no pé. A massa sempre soube reconhecer os ídolos e bons profissionais. Levir ficará na história, não só do Clube, mas de todos nós, pois é um cara muito legal, de verdade.
ResponderExcluirNão vamos julgar aqui o caráter, personalidade, companheirismo, e outras qualidades mais do Levir. Futebol em pauta. O Galo passou a jogar mal e ele como técnico deveria ter equacionado a situação. Foram goleadas acachapantes e humilhantes sofridas pelo ex-campeão da Libertadores, além de passar a não ganhar do arquirrival. Time sem jogadas ofensivas agudas porque não tem velocidade, dado o esquema tático o prato ficou vazio, defesa avançada só tomando gols com Victor em péssima fase. É fato que com o Clube aderindo ao Profut, de onde sairia dinheiro para reforços? Outra coisa realmente certa, não temos substituto à altura no Brasil. Fracassado na China, Cuca será retrocesso. Técnico com ganhos na faixa de 300 mil mensais, é o que o Galo pode pagar. Sem grana, Nepomuceno não entra em leilão. Que o interino ganhe essas duas partidas finais e seja efetivado.
ResponderExcluir