quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Aqui é Pratto, ops, Aqui é Galo




Aqui é Pratto, ops, Aqui é Galo

Vou tentar resumir o que penso sobre a saída do Pratto. Começo pela parte menos chata, mas ainda assim chata. Desde 2015 que temos uma nova tradição na torcida do Galo (não estou generalizando, mas são muitos): começar o ano criticando ferozmente o Daniel Nepomuceno.

Em 2015, mesmo com o time conseguindo uma taça nacional em cima do rival, várias foram as cornetadas sobre a falta de contratações para a disputa da Libertadores daquele ano. Era ainda um resquício da frustração da saída do Bruxo misturado a uma certa desconfiança com a chegada de um certo atacante argentino que, mesmo sendo escolhido o melhor jogador do certame nacional, o tinha feito num campeonato de baixo nível técnico.

Em 2016, a soma falta de títulos no ano anterior (Galo foi vice campeão brasileiro. Para muitos não é nada) mais uma série de contratações da equipe da enseada das garças fez com que nosso presidente fosse achincalhado dentro e fora das redes sociais. E olha que o tempo mostrou que os craques Federico "Kiko" Gino, "Sanchez Mínimo", "Pisano em ovos", "Bruno Ronaldo Nazário", "Douglas Coutinho do Liverpool" e "Rafael Nadal Silva", este último confundido com o tenista, foram realmente contratações muito melhores que a do ex-jogador em atividade Robinho que veio para o Galo. Não vou nem citar as contratações de Otero, Fábio Santos, Cazares. A disputa é inglória para o nosso lado.

Pois bem, em 2017, o filme se repetiu e, influenciados por contratações que ainda não viraram reforços no rival, Nepomuceno e Maluf, seu "incompetente" Diretor de Futebol, novamente tiveram que lidar com a desconfiança, vamos classificar assim, da torcida do Clube Atlético Mineiro. Aquela que, fora da rede social, tem em todos os seus integrantes, pessoas conscientes, tolerantes e que apoiam sempre sendo sócio torcedor e indo ao campo. Os incompetentes dirigentes trouxeram Elias, Felipe Santana (já execrado como o pior zagueiro do mundo ao lado do Erazo), Danilo Barcelos e o maior dos reforços: mantiveram o elenco de jogadores, treinados, neste momento, pelo técnico que era cobiçado por muitos gigantes do futebol nacional.

Aí você pensa. Bom, agora é dar tempo ao Róger, apoiar e torcer para que o trabalho evolua. Certo? Certo! Mas não foi assim que funcionou. Bastou uma derrota "vexatória" na Primeira Ninguém Liga que deu o título "vencedor de clássicos" ao rival para a terra tremer novamente. Citar o rival e "tremer" pode ou não ter sido mera coincidência. Mas o que importa é que perdemos nossa hegemonia na "Taça dos Clássicos". E isso tirou o sono de muito atleticano, com "a" minúsculo mesmo.

Chego na parte mais chata do texto. Um acontecimento/especulação nessa semana tirou novamente a paz na Megalópole do Galo. Pratto ia/vai/foi para o São Paulo. A frase está certa mesmo. Sem qualquer pronunciamento do clube, "especialistas em Finanças", "experientes Diretores de Futebol", "Grandes Presidentes de clubes", "Renomados juristas", que formam a modalidade de sócio do Atlético denominada "Dedo na Veia", invadiram as redes sociais e passaram a julgar novamente, ainda que em cima de especulações e informações desencontradas, nosso presidente e nosso diretor de futebol.

Grande parte dessa turma que nunca vendeu um picolé na vida, que nunca fez e cumpriu um planejamento financeiro,  que nunca jogou num campo gramado etc, viram, quando se trata do Galo, experts em tudo.

Não estou aqui para convencer ninguém. Muito menos para discutir o que é Raiz e Nutella. Estou aqui apenas e tão somente para lembrá-los de uma coisa: Aqui é Galo. Lembram? Clube Atlético Mineiro. Aquele time ali de Lourdes. Aquele que já teve a torcida mais elogiada e mais temida do Brasil. Não acreditam? Façam pesquisas nas redes sociais, em sites de canais de tv, sites de rádios. Vocês lerão, assistirão e ouvirão depoimentos de jogadores e dirigentes como Casagrande, Paulo Roberto Costa, Thiago Neves, Robinho, Ronaldinho Gaúcho, César Masci. Até um amigo meu chamado Gilvan outro dia disse "Em Minas Gerais todo mundo é Atleticano", assim como um treinador outro dia disse: "Conheço a aldeia. Aqui sempre vem um vestir a camisa do outro lado". Isso é reconhecimento, amigos. Só tá faltando o reconhecimento voltar de grande parte daquela gente que invadia a pampulha e soltava, do fundo da alma, aquele grito de "Gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalllllllooooooooooooooooo".



Por @pauloAzulaybh

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