quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Galo Nosso de Cada Dia # 11 - Para além da Rivalidade


É possível pensar além da rivalidade entre quatro linhas?

Eu já escrevi aqui sobre a importância da rivalidade. É o que dá o sabor especial do futebol. Por não se tratar de um esporte qualquer, o futebol tem seus elementos peculiares. Tais elementos são essenciais; o futebol precisa deles para existir. Eu já vi, contudo, muita tentativa de conter este oxigênio, numa demonstração absurda da forma abjeta de como se trata o futebol por aqui.

Mas se a importância da rivalidade é clara nos 90 minutos, ela não me parece tão clara fora deles. Tenho refletido bastante sobre a necessidade de um diálogo mais próximo entre Galo, Cruzeiro e América. Não apenas sobre a necessidade, mas na probabilidade desse dialogo acontecer.


Será que nossas diretorias precisam ser torcedores fanáticos o tempo todo? Permitam-me pegar dois casos que ilustram o que eu quero mostrar: 1) a final da Copa do Brasil 2014. Tratava-se de uma decisão inédita, do maior e mais importante clássico mineiro, da coroação do futebol empolgante que se jogava por aqui. Nós poderíamos ter feito dois eventos muito mais atraentes do que foi feito. Foi uma baita oportunidade perdida.

2) O Independência. O Galo tem um “vínculo emocional” inegável com aquele lugar (textos lindos já foram produzidos sobre isso). Após a reinauguração são 88 jogos, sendo 62 vitórias, 22 empates e 4 derrotas. Foram 190 gols pró, 70 contra; saldo 120. Aproveitamento de 79%*. O Galo já tentou negociar algumas vezes com o América a ampliação da capacidade de público do Independência. A diretoria do América não quer saber desse papo.

Seríamos mais fortes se conseguíssemos sentar numa mesa e dialogar. Talvez conseguiríamos fazer valer a força do futebol mineiro e quem sabe (quem sabe!) diminuiriam as tentativas da mídia esportiva de tentar nos enfiar corinthians e flamengo goela abaixo! Talvez subiríamos o valor dos nossos patrocínios. Talvez nossas marcas fossem mais valorizadas. Talvez nossa força nos bastidores fosse maior e nós conseguiríamos banir alguns árbitros claramente comprados por aí.

É muito talvez para um parágrafo só. Mas é possível? O que você acha?

É possível pensar além da rivalidade entre quatro linhas?

Saudações!


Fernanda - @fersoares


*(fontes: Zeca Espora e Galo Digital).

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