Longe de mim querer determinar qual o comportamento correto do
torcedor alvinegro.
Assim como todos os jogadores de um elenco
tem sua importância ao longo de uma campanha tão árdua como o brasileirão, cada
torcedor tem seu destaque. De casa, de perto, de longe, do estádio... o
importante é jogar junto com o time e torcer. É isso que precisamos fazer.
E não pense que nossa parte é menos
importante que cada passe ou chute a gol. Você, atleticano como eu, sabe a
diferença que um torcedor de verdade faz a favor de seu clube.
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| Não gosta do argentino? Ok, concentre-se nas cores e no símbolo de seu uniforme. |
Dito isso, e sem – repito – a pretensão de
ditar o comportamento da massa, trago a seguinte reflexão: Já não temos e
teremos adversários suficientes dentro e fora de campo na luta pelo tão sonhado
título de campeão brasileiro?
Vaiar um jogador com a bola rolando, no
começo de partida e com o time líder do campeonato, precisando vencer uma
adversário retrancado para seguir firme na ponta da tabela não me parece uma
boa decisão.
Concordo com aqueles que acham que o
Dátolo não deve ser titular do time atualmente. Realmente, já o vi jogar muito
mais bola. Mas Luan está machucado e Maicosuel deixou o time em seu melhor
momento. Carlos não anda tão focado nesta temporada. E aí?
Levir deve mesmo colocar o Guilherme para
jogar na posição que fez com que ele fizesse as piores partidas com a camisa do
Galo, como em 2012? Ou mudar o esquema quem vem dando tão certo e que os
jogadores estão habituados a três temporadas?
Ele não tem jogado o suficiente para ser
titular, mas nem tão pouco para ser vaiado em campo e ser enxotado do elenco
como alguns querem. Edcarlos já fez gol decisivo em Copa do Brasil e se
dependesse do torcedor nem aqui teria pisado.
Não quero que você passe a gostar do
Dátolo. Esse texto não é para isso. Mas se você não consegue aturar o
argentino, esqueça que é ele e se concentre nas cores e no símbolo de seu
uniforme. Lembrou quem ele representa? Por quem ele está jogando?
Que seja só durante 90 minutos ok? Depois
você pode querer matá-lo. Escolha sua.
Sou do interior. Nasci em Mariana-MG e me
mudei pra BH em 2014. Desde então passei a ir frequentemente em jogos do Galo
no Horto e na Pampulha e afirmo. Nunca vaiei jogador com a bola rolando.
E sim! Já tive motivos pra isso. Assisti
Atlético 0 x 1 Atlas por exemplo e nunca pensei que pudesse passar tanta raiva
no estádio. Faltou qualidade, concentração e o pior: raça. Mas a vaia só veio
depois do apito final.
A campanha de 2012, que foi o start para
esse mágico período de nossa história ainda é bem recente, mas parece que nem
todo mundo se lembra que é preciso estar focado e unido ou as coisas podem
desandar rapidinho.
Que esqueçamos fases, erros e nos
concentremos em fazer nossa parte. Se o jogador tem que jogar, nós temos que
torcer.
Pelos pratas da casa, pelos ídolos, pelos
gringos, pelo Galo!
Para a massa, isso não é pedir demais, é?
“Vamo Galo, ganhar o Brasileiro”
Twitter: @allanpassus
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