Quando tá valendo, tá valendo. O bruxo, o maior que vi jogar e que para nossa honra e deleite desfilou seu talento ímpar com a camisa alvinegra, além de gols, passes, dribles e magia nos deixou este legado. Não foram palavras em vão. É apenas um fato. Que apenas um gênio pode dizer e propagar. Quando tá valendo, tá valendo.
Tão certo e previsível quanto o discurso que seu amigo azul
vai tentar usar para esconder o sorriso amarelo e arrogância guardada no bolso.
Será o mesmo de sempre. E já deixou de ser chato. Passa ser engraçado até. Se
ele falar muito, talvez tenha um espaço no bolso do Adilson pra guarda-lo lá também.
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Foto: Flávio Tavares/Hoje em Dia |
Mas pensando no que realmente importa pra nós, que é o Galo,
foi ótimo o ver sendo o Galo. Quem foi ao Independência viu mais um daqueles
dias de sintonia total entre torcida e time. Em campo, vimos caras que sabiam
que naquele domingo estava valendo.
Não era só o título mineiro. Não era só mais vitória sobre o
rival. Não era só a resposta a quem insiste em achar que esse esporte se ganha
com palavras. Não era só quebrar uma sequência incômoda no clássico. Era tudo
isso também, é claro. Mas era pra reforçar que esse trabalho merece crédito e
confiança pra seguir. Para pedir calma a quem cobra demasiadamente por
resultado em tão pouco tempo de trabalho.
E era para atender pedidos e mostrar “quem é quem”.
Aliás, falando de trabalho, no banco temos um cara que merece que o deixemos trabalhar. Já nos mostrou que é inteligente, que entende o futebol como um jogo coletivo e individual e que é capaz de alterar a forma do seu time jogar de acordo com a circunstância. Um cara que acredita nas suas convicções, mas tem a humildade necessária pra alterar seus conceitos em busca do encaixe da equipe. Um cara que reconhece erros, que fala pra explicar e não pra justificar.
Aliás, falando de trabalho, no banco temos um cara que merece que o deixemos trabalhar. Já nos mostrou que é inteligente, que entende o futebol como um jogo coletivo e individual e que é capaz de alterar a forma do seu time jogar de acordo com a circunstância. Um cara que acredita nas suas convicções, mas tem a humildade necessária pra alterar seus conceitos em busca do encaixe da equipe. Um cara que reconhece erros, que fala pra explicar e não pra justificar.
E o melhor, um cara que quer muito vencer. E gente assim costuma
se dar muito bem por aqui.
Então torcedor, não se preocupe. Ele não vai levar nosso Galo
Doido embora. Só vai tentar ajustar os momentos certos pra esse Galo Doido sair
da jaula. Para ser mais efetivo na defesa e ainda mais letal no ataque. Quando ou se ele vai conseguir eu não tenho
certeza. Mas sei que se você apoiar e acreditar como sabe, vai ser mais fácil.
E fica ainda mais fácil quando você vê em campo caras
gigantes e com a calma preta e branca, cravados pelo sentimento de representar
a massa no gramado e que não se cansam de fazer história com essa camisa.
O monstro
Marcos Rocha, o Santo que protege nosso gol, Leonardo Silva, nosso gigante capitão.
Gente que ganhou tudo por onde passou e que se emociona com a primeira conquista
pelo Galo, como Fred e Robinho.
É emoção de quem foi formado aqui e que tem a honra de serem
torcedores dentro de campo como Rafael Moura e Gabriel. É a vibração do Luan, que mesmo machucado, faz questão de mostrar a todo momento que seu sangue é preto e branco como se já tivesse nascido aqui. É o sorriso desprendido
de vaidade de tantos reservas que ajudaram e muito.
É a sensação de prazer de
estrangeiros que comemoram com essa camisa pela primeira vez. O abraço de um
goleiro reserva, criticado, no seu titular e amigo.
É comemoração do grupo após o jogo. A alegria e união dos jogadores, comissão
técnica, diretoria e funcionários. A
resposta em campo ao que foi dito. É o estadual. É título que “não vale nada”.
É mais um na lista de 44.
Mas não é exagero. É diferente.
Não é só um título. É um título pelo Galo.
É a continuação de uma escrita.
Afinal, quando tá valendo...
Twitter: @allanpassus
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