segunda-feira, 25 de março de 2019

Torcendo contra o vento #01: desculpe o transtorno. Eu torço pro Galo



Olá amigos do Blog dos Atleticanos! É isso mesmo que você viu. Eu estou de volta e, para nunca mais abandona-los, a coluna Torcendo contra o Vento será mensal e todo dia 13 trará uma história triste, engraçada ou marcante dos meus 25 anos de atleticanismo. Como hoje é uma data muito especial, teremos uma edição extraordinária desta coluna.
Bom, o tema que escolhi para hoje é a capacidade transformadora que o Atlético tem. (Lê-se como eu me transformo em dia de jogos do Galo).


Desde muito nova eu acompanho meu pai ao estádio, então desde sempre eu estava rodeada de muito grito, histeria e palavrão. E como acredito que somos frutos do meio, nascia ali uma Stephanie que até então morava num cantinho escuro aqui dentro.
A partir desse dia, assim como Hulk toma posse do corpo de Bruce Banner, o "espírito atleticano" toma conta deste corpinho de 1,58m e o transforma em um monstro gigante e de voz grossa. É só dizer "vamos ao jogo" e tá lá ele.

Cena do filme "O incrível Hulk"

Só me dei conta desta transformação quando em um belo dia, eu subi na cadeira, olhei para o meu pai e gritei em plenos pulmões "ei, juiz! Vai tomar *****". Esse grito virou minha parte favorita dos jogos e o estádio então se tornava o palco da minha libertação.
Depois disso, os palavrões aumentaram juntamente com o tom de voz, os gritos eram mais intensos, as músicas estavam na ponta da língua e não negava uma boa discussão na arquibancada.
Há quem diga "nossa, mas você torce como homem". Não não, amigo! Eu torço como boa atleticana sofredora que sou e para tirar esse sofrimento que aperta meu peito, eu grito e xingo, pois sim, eu sinto muita raiva. É meu jeitinho...




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Eu me vi no auge da loucura naquele fatídico 4a1 contra o Corinthians pela Copa do Brasil de 2014. Desacredita pelo 2a1 na ida, eu vi ao vivo, ali na minha casa (sim, o Mineirão ainda é a minha casa), o Atlético fazer milagre. Eu vi gente atônita, gente rindo de nervoso, meu pai vibrando (coisa rara) e vi também minhas pernas sem força. Só ajoelhei ali mesmo e as lágrimas vieram. Eu presenciei um dos milagres, senti meu coração explodindo. Eu gritei até perder toda voz eu xinguei até o que não lembro mais.
Passada toda a euforia, eu fiquei me perguntando o que nos leva a perder completamente a noção e os sentidos desse jeito. A resposta? Já te conto.

Hoje já não frequento os estádios como antes. Sinto falta, mas falta grana e falta tempo. Mas ainda me transformo e muito. Meu palco agora é o twitter e quando chega a hora da partida, peço perdão antecipadamente aos meus queridos seguidores, porque os surtos são reais e a linguagem fica bem desagradável. Ainda temos os coitados que não gostam de futebol, então me antecipo.


A vantagem disso tudo é que vejo que não estou sozinha e que a loucura já faz parte dessa torcida - não é atoa que nosso mascote não é só o Galo, mas o Galo doido.

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Hoje, dia 25 de março é aniversário de quem tira todas as minhas estribeiras e minha paciência. De quem proporciona os meus piores xingamentos. Mas é dia também daquele que me deu amigos, gritos de emoção e lágrimas de alegria.
Todos esses surtos não foram em vão e se você me pergunta se é loucura, eu te digo: amigo, isso é amor!

Essa foi uma singela homenagem ao meu amor e amor de uma nação louca e apaixonada. 
Parabéns Galão, parabéns Clube Atlético Mineiro. 

Para surtos, gritaria e confusão, me sigam no Twitter: @teehfalconelli

ps: seguem imagens da minha personalidade quando o Galo joga



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