terça-feira, 17 de setembro de 2013

ESPECIAL: Os Gringos do Galo - Parte 1

Ortiz, Escudero, Fabbro, Cincunegui, Agustin Viana, Galván e Mazurka

  Na história do atual campeão da América já passaram vários jogadores estrangeiros, principalmente do nosso continente, mas oque muita gente não sabe é que no passado já tivemos jogadores de todas partes do mundo, jogadores da África, América do Norte, Europa, o Galo é um time do mundo.  

  Saiba quem são os estrangeiros que mais vestiram a camisa do Galo e saiba um pouco da história, carreira e estatísticas vestindo a camisa do Atlético.

1º) 194 jogos: Cincunegui - Lateral esquerdo Uruguaio
*Nasc: 28 de julho de 1940 (está com 73 anos)


  Uruguaio de Montevidéu, Hector Cincunegui de Los Santos foi o estrangeiro que mais vestiu a camisa do Atlético na história.  Chegou ao Atlético vindo do Nacional-URU após ser campeão mundial de clubes e campeão sul-americano pela Seleção do Uruguai.  Seu passe custou ao Atlético cerca de 40 mil dólares, oque na época equivalia a Cr$ 160 mil.


  O lateral esquerdo ficou marcado no Galo pela sua garra em campo e seus vários conflitos com o treinador Yustrich, era chamado pelos colegas de time de "gringo".  Jogou 194 partidas pelo Atlético entre 1968 e 1973, marcou apenas 1 gol e conquistou o Campeonato Brasileiro de 1971, o Campeonato Mineiro de 1970 e as Taças Belo Horizonte de 1971/1972.

  O jogador deixou o Atlético em 1973 e foi atuar pelo Náutico, onde ficou até o final de 1974 e deve ter aposentado por ali.  Hoje vive no Uruguai com conforto da renda de seus investimentos. #ValeuCincunegui !

Cincunegui em jogo contra a União Soviética


2º) 100 jogos: Ortiz - Goleiro Argentino
* 29 de setembro de 1947
+ 22 de julho de 1995 (48 anos)


  Argentino de Santa Fé, Miguel Angel Ortiz está em segundo lugar no ranking de estrangeiros que mais vestiram a camisa do Galo e em primeiro lugar dos mais polêmicos. 

  Com estilo dentro dos campos, com uma fita rodeada nos cabelos compridos, bermudões até os joelhos e um armário recheado com camisas coloridas, o ex-goleiro argentino queria mesmo era causar.

  O goleiro argentino atuou no Atlético em 1976 e 1977, chegou por indicação de Cincunegui, esse mesmo que você acabou de ler ali em cima, veio para o Galo após passagens por Cólon-ARG e Wanderes-URU. 


  Custou cerca de Cr$ 350 mil aos cofres do Galo, recebia um salário de Cr$ 12 mil além de Cr$ 150 mil de luvas (prêmio por assinatura).  

  No Galo além do polêmico estilo de se vestir para um jogador de futebol na época, o goleiro se aventurava em cobrar pênaltis, e com a camisa do Atlético chegou a marcar 7 gols.

 Idolatrado pela torcida por fazer defesas milagrosas, o goleiro se envolveu na maior polêmica de sua carreira em uma final de Campeonato Mineiro, onde o acusaram de vender o jogo para o Cruzeiro.  Após um desentendimento com o técnico Barbatana o goleiro deixou Belo Horizonte sem dar satisfação ao clube, oque posteriormente pôs fim a sua passagem pelo Galo.


  Após sair do Galo o goleiro teve passagens por Comercial-SP e Caxias-RS.  Após aposentar dos gramados virou alcoólatra e faleceu em 1995 vitimado por uma cirrose com apenas 48 anos.  #RipOrtiz


3º) 89 jogos: Mazurkiewicz - Goleiro Uruguaio
* 14 de fevereiro de 1945
+ 2 de janeiro de 2013 (68 anos)


  Uruguaio de Piriápolis, Ladislao Mazurkiewicz Iglesias talvez tenha sido o estrangeiro que mais ouvi meu pai dizer.  Diz meu pai que Mazurka era um goleiraço, um dos melhores que já viu jogar.

  A história de Mazurkiewicz (nome difícil de escrever) não mente, ele foi sim um dos melhores goleiros do mundo, disputou três Copas do Mundo pela Seleção Uruguaia (1966/1970/1974), foi campeão da Copa Libertadores, Mundial e Bi-Campeão Uruguaio pelo Peñarol-URU, clube que o revelou e onde ele encerrou carreira.

  Sua chega ao Atlético foi complicada, graças ao presidente Nélson Campos que ficou 12 horas em reunião com o jogador para fechar o contrato e trazer o "paredão" (como era conhecido) para Belo Horizonte.  

(Imagens: Revista Placar)

  Nessa reunião teve de tudo, murros na mesa, palavrões, vaias, e isso tudo por causa dos empresários do jogador e dirigentes do Peñarol que queriam que o Atlético assumisse uma dívida do jogador com o clube. Nélson Campos bateu o pé e disse que não aceitaria, chegou a chamar a imprensa para noticiar que estava desistindo da contratação do jogador, e quando o presidente estava dentro do carro pra ir embora pra casa após 12 horas de reunião estressantes, um funcionário correu atrás do carro dele e gritou: "O Mazurka assinou o contrato"!


  Com a camisa do Atlético jogou de 1972 a 1974, foram 89 partidas e 67 gols sofridos, onde mostrou seus reflexos, sua segurança e extraordinário oportunismo somado a frieza que passava confiança para toda equipe e torcida.

  Após a Copa do Mundo de 1974 o goleiro se transferiu para o Granada da Espanha, teve passagens também por Cobreloa-CHI, América de Cali-COL até retornar e encerrar a carreira no Peñarol-URU.

  O goleiro também é lembrado sempre por não ter sofrido aquele "gol feito" que Pelé deu um drible de corpo, pegou a bola do outro lado e chutou pra fora com o gol aberto. 



  Faleceu aos 68 anos no início desse ano (2 de janeiro) em Montevidéu-URU após estar em coma induzido devido a complicações respiratórias.  #RipMazurka #ValeuMazurka


SEMANA QUE VEM ESPECIAL: OS GRINGOS DO GALO - PARTE 2 
(Oliveira, Galván e Gutierrez)



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