segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Galo No Detalhe #01 - Faltou mais que um nome


Neste domingo, o Galo não esteve completo contra os genéricos do Atlético Paranaense. Óbvio, o time titular não estava completo. Mas não faltou apenas um nome em específico, e sim uma função. Dentro de campo foi como se estivéssemos com uma posição a menos.

Uma faixa importantíssima que é a criação e armação de jogadas não foi dominada e sentimos muita falta disso. Faltou um armador, aquele cara que pega a bola tocada sem muito perigo pelos volantes e a faz chegar com qualidade e em condições para que o atacante finalize a jogada.  

Tal papel tem sido desempenhado pelos ausentes Dátolo e Guilherme. Mas dos que estiveram em campo, nem Luan, Maicossuel ou Tardelli conseguiram incomodar efetivamente a defesa adversária, seja com passes agudos, tentativas de tabela ou finalizações de fora da área. Nada.

O Furacão, depois de um gol que nem o cara que chutou sabe como fez até agora, foi virando uma brisa muito marota ao longo da partida e viu o Galo tomar conta da posse de bola. O controle do jogo, no entanto, foi bem no estilo “me engana que eu gosto”.

Toca pra lá, toca pra cá, até perder o lance.

Sejamos honestos, em nenhum momento ficamos com aquela sensação de grito de gol prestes a explodir da garganta. As pouquíssimas oportunidades de ataque não tiraram o sono do goleiro Weverton.

Maicossuel nunca foi meia de criação e sim de ligação. Pega a bola, corre, dribla (ou tenta), e na base da velocidade tenta levar o time ao ataque. O mesmo, ontem, fez Tardelli. Depois de ter crescido muito de produção ao ficar mais próximo do gol, o camisa 9 teve dificuldades em voltar a exercer o papel de articulador das jogadas. Não se pode cobrar que carregue o time nas costas todo jogo. Luan foi quem mais participou, mas também muito aquém do necessário.

E quando o seu centroavante é o Jô, como no segundo tempo, é preciso muita, mas muita criação mesmo.

Depois de boa sequência de partidas, ora de Dátolo, ora de Guilherme, poderíamos nos dar ao luxo de perder chances claras de gol e ainda marcar mais uma vez nas partidas. O volume de jogadas estava intenso. Ontem, assim como já havia acontecido diante do Flamengo, muito pouco foi feito e quando a defesa adversária fica confortável é sinal de que algo deu errado.

Não podemos perder jogos nessa reta final e decisiva de temporada sem agredir os oponentes, especialmente os inferiores tecnicamente, como no caso dos dois últimos.

Espero que o Levir volte ao esquema com um volante apenas. Queremos mais gente que pense e crie nesta equipe, afinal, já na quarta feira, precisaremos voltar a construir o maior número de chances para marcar.

Vimos recentemente que esta equipe sabe e pode muito bem fazer isso e como para nós não é nada trabalhoso, basta acreditarmos que tudo vai voltar como antes já no próximo jogo.


Eu acredito e você?

Allãn Passos
@allanpassus

3 comentários:

  1. Aqui é outra história. Aqui não urubu, aqui é GALO !

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  2. Eu também sempre vou acreditar no Galo. Mas, uma coisa que é antiga e batida demais, e que chateia jogadores, é alertá-los de que "pecam muito nos fundamentos". Só relembrar o mestre Telê!
    O Levir e a comissão técnica deveria fazer algo "eficiente" nesse sentido, mas não fazem. Se fizessem não veríamos "de novo" o que vimos ontem à revelia: erros grosseiros, infantis e desconcentrados!
    Inaceitável isso!
    Imagine se no seu trabalho você cometer erros "fundamentais"? O que acontece? - Teu chefe (a) chama-o (a) para uma "conversa" e lhe diz: você precisa melhorar nisso e/ou naquilo, senão vou ter que substituí-lo ou demiti-lo! (Tô mentindo?).

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