"Se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, diga ao povo que fico"
Cara de vovozinho bonzinho, mas pra quem acompanha as coletivas, vê esse senhor se transformar num cara incisivo e queixo duro.
Esse é Levir Culpi, que em meio a protestos, chegava ao Galo após o primeiro jogo contra o Nacional de Medellín, na Copa Libertadores deste ano. Após dias sombrios e sofridos da Era Autuori, era um alívio para nós, tê-lo de volta.
Confesso que no início não gostei muito, acho que pelo fato da bela campanha do técnico Cuca em 2012/2013, mas foi só lembrar que Levir nos tirou da fatídica situação de 2006, que uma ponta de esperança de que algo ia dar certo nascia.
Vieram os jogos e nada do time embalar. Como o próprio técnico disse, e que eu concordo, o Atlético e seus jogadores estavam acomodados com a vitória na Libertadores e isso precisava ser mudado.
Após discussões com alguns jogadores, resolvidas graças a Deus, algumas dispensas, chegadas e saídas, o Galo começou a tomar seu rumo, mas ainda tinha algo me incomodando e de certa forma, atrapalhando o rendimento em campo: a formação tática.
Sabe quando seu time sai na frente no placar, tá jogando ofensivo, partindo pra cima do adversário, e seu treinador resolve colocar mais um volante? A famosa recuada? Pois é. E isso me tira tanto do sério, que comecei a perder a cabeça com o Levir.
Até que curiosamente e para a surpresa da massa, nosso "professor" escala para um clássico, um único volante.
Se deu certo? Meu amigo, Donizete, vulgo general, foi imbatível no meio campo e o time além de mais veloz, ficou muito mais efetivo.
Outra mudança, radical, porém eficaz, feita por Levir, foi o fim da concentração. Algo que, ao meu ver, fez com que o clima do entre elenco e treinador também melhorasse.
A partir dessa mudança, o Atlético estava renovado e pronto pra brigar pelas melhores posições na temporada. Essa ascensão e o título da Copa do Brasil fizeram com que o vovô ranzinza do início, se tornasse um verdadeiro herói.
Obrigada Levir, por renovar e ficar mais um tempo conosco. Obrigada por nos levar do inferno ao céu. Por juntar cada caco que o Autuori deixou pelo chão e colar com tanto cuidado, nos fazendo novamente, um GALO FORTE E VINGADOR!
Por Stephanie Falconelli
@teehfalconelli
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