segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Galo No Detalhe 36 - A massa. A diferença.


Cá entre nós, estamos em amigos e podemos admitir que nosso melhor futebol, aquele que encantou o Brasil inteiro no começo do Brasileirão está retido em algum dos obstáculos de uma dura temporada.

O condicionamento físico que dá sinais de que precisa evoluir, a queda de produção de algumas peças fundamentais do time titular, a falta de peças de reposição no elenco, enfim. Motivos não faltam para tentar justificar.

Mesmo assim motivos não nos faltam para acreditar no título Brasileiro.

Mesmo que o melhor futebol alvinegro não se faça presente neste fim de ano, o que não pode faltar é entrega. Total e irrestrita. De jogadores e torcida.

Neste domingo fui ao Independência com a certeza de que teria que fazer minha parte e que ela seria fundamental em busca dos três pontos.

Ali eu precisava me juntar a massa e cantar incansavelmente para impedir que o Flamengo, em campo e na arquibancada, se sentisse a vontade na nossa casa.

Assim foi feito. Os cariocas são atrevidos, mas encontraram a massa num dia daqueles, onde se esqueceu Corinthians, arbitragem, até o campeonato em si. O objetivo era claro: empurrar o Galo pra cima do rubro negro. Durante 90 minutos, aquilo que importava, somente.

Deu certo, porque o tal melhor futebol não reapareceu, mas tivemos lampejos de alguns caras muito importantes. Empurrados pelos gritos, cantos e vibração que ecoava em todo o Indepa, nossos guerreiros nos fizeram reviver um filme que tem se tornado rotina diante dos cariocas, em especial o carrasco de outrora e hoje freguês de carteirinha.

Jemerson, além dos gols , foi muito bem nos bloqueios do ataque carioca, Donizete foi um leão no meio e Dátolo fez um partidão, com seu pé esquerdo extremamente afiado.   

Argentino fez uma de suas melhores partidas pelo Galo. Jogando, sem invenções, onde rende melhor. Na meiuca.
E é no argentino que quero exemplificar o que esperamos. Ele erra, faz raiva em alguns lances, mas nunca deixa de se doar completamente e é nítido o quanto se cobra quando vai mal.

É a tal da raça, do empenho, da entrega. Quando se tem isso você está vivo no jogo e na competição, mesmo sabendo que o desempenho técnico pode melhorar.  

Mas é mais fácil que ele melhore com o nosso apoio, nossa crença e nossa força. Das arquibancadas podemos sim ser decisivos. Neste domingo, fomos.

E podemos reclamar de diversas coisas sobre a partida, menos de falta de entrega. Coincidência que o estádio estava lotado? Não acho.

Que a diretoria também entenda o momento e seja justa na hora de tabelar os preços, para garantir a massa cada vez maior e mais inflamada no Horto.

Nem só com futebol se ganha um campeonato de futebol. Se tiver que ser assim, que assim seja.

Só sei que quero o Horto assim até o fim. A Massa assim até o fim.

O grito do “Eu acredito” esteve lá no fim do jogo. Não foi em vão. Acreditamos mesmo.

Nós podemos ajudar a fazer acontecer.

“Vamos Galo, ganhar o Brasileiro!”

Twitter: @allanpassus

Um comentário:

  1. Dátolo tem tudo para ser titular inconteste, pois sabe “jogar futebol” como poucos no atual elenco. Mas é também inconstante, característica que carrega desde sua passagem pelo Inter. Não tem sequência, seja por contusão, cansaço físico ou terceiro cartão. Na mesma partida em que faz um golaço, cava um cartão ao “enrolar” na cobrança de um simples escanteio, puxão de camisa ou carrinho desnecessário. Mais ‘a frente desfalca o time e complica a vida do técnico. Infelizmente, Luan está indo pelo mesmo caminho. Cabe ao técnico e ao Diretor de futebol corrigir esse grave defeito do jogador profissional.

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