quinta-feira, 15 de março de 2018

O lado bom das coisas



Ontem vi em campo um time que não sai mais de chutão para o ataque sempre que os atacantes adversários ensaiam uma pressão na saída de bola. Os zagueiros levantam a cabeça e, na falta de opções, recuam para o goleiro que, com calma, aguarda o atacante se aproximar e, sem chutão volta para o zagueiro recomeçar a tentativa de jogo. Passe pra lá, passe pra cá, e o time está no campo ofensivo onde, mesmo quando perdeu a bola, pressionou e a recuperou logo em seguida.

Também vi um time que, nas vezes que chegou aos flancos adversários, triangulou jogadas e abriu espaço na zaga adversária para tentar chegar ao gol. Vi volantes subindo e participando, feito homens surpresas, das jogadas ofensivas e, olha que interessante: Inclusive com assistência para gols.

Da mesma forma que laterais (hora um, hora outro) e volantes apoiavam as jogadas ofensivas, também vi os atacantes ajudarem na recomposição defensiva desde a criação das jogadas adversárias até na hora de fechar os espaços e fazer uma linha quase que perfeita à frente da zaga tendo apenas um volante flutuando entre essas duas linhas e tentando a roubada de bola.

E sim, estou falando do nosso Galo. Esse time que, ontem, mais uma vez, nos mostrou como fazer de um jogo simples, mesmo com a vantagem no placar e contra um adversário tecnicamente MUITO inferior, um jogo emocionante do início ao fim.

Por mais que muitos encham meu saco falando que sou “otimista demais”, “torcedor cego” ou, a mais nova gíria do twitter, “chapa branca” da diretoria, acho que tem que ser muito retardado para não ver que, sim, o time está apresentando melhora em vários aspectos de jogo. O problema é que não conseguimos ainda resolver os problemas dos apagões em campo que, principalmente jogando em casa, tem nos assolado desde o ano passado.

Chega a ser cômico ver o segundo gol do Figueira no horto. Pareceu gol de pelada! Até o Adilson (que foi, e tem sido, um mostro em campo) ficou olhando a pelota pipocando dentro de nossa área até sobrar para o Jorge Henrique dar números finais à partida (no tempo comum né). e velho, o que o Leonardo Silva, maior zagueiro de nossa história, fez ali? Caralho... a bola estava indo para o Victor e ele a ajeitou para a finalização do meia adversário! Pelo amor de Deus!

E assim, quando o coletivo não vai bem em um jogo por inteiro, na hora dos apagões, fica evidenciado as deficiências técnicas de uns e a falta de opções no elenco atleticano para o decorrer da temporada (deficiências essas ressaltadas, novamente, pelo interino (interino?!?!) Thiago Largui) e que, se não forem sanadas, podem nos custar caro durante a disputa do campeonato brasileiro.

Todavia, como disse no último texto, a torcida PRECISA compreender o momento financeiro no qual o Galo passa e o planejamento estratégico traçado pela diretoria para o ano de 2018: Fazer catiras no futebol brasileiro e sul-americano buscando bons jogadores sem que haja a necessidade de investimentos do clube e, se der, tentar uma ou outra contratação barata e pontual, de algum atleta que possa de fato render frutos técnicos e financeiros ao clube no futuro.

Falando em torcida, que espetáculo o horto ontem. Pediu raça na hora que o galo tomou a virada (vale ressaltar que logo em seguida emendou o hino, como nos velhos tempos) e, nos demais momentos do jogo, apoiou e cantou sem parar os 90 minutos. Poxa cara... não estava no campo por motivos de saúde e, do sofá da minha casa, por vezes me peguei prestando mais atenção nos cânticos que a massa ia mandando um atrás do outro do que na partida em si.

Por fim, gostaria de mandar um belo “vai tomar no c*” para os cornetas do Victor. Olha, não é o primeiro jogo que o Victor “falha” em um gol e os caras já caem matando na alma do nosso Santo pedindo impeachment do nosso arqueiro. E velho, temos que calar esses caras por que já conseguiram afastar bons nomes como Levir Culpi, Rafael Carioca e Marcos Rocha de nosso elenco com essas cornetas idiotas e cheias de veneno. As aspas acima foram propositais. Ontem tuitei falando sobre o gol sofrido pelo arqueiro atleticano fazendo a seguinte comparação: E se fosse o Otero a fazer aquele gol? Bixo, essa TL teria virado uma rasgação para o venezuelano... era um tal de “novo Eder Aleixo” para um lado, “bola cheia de veneno” para o outro... Mas não... o gol foi contra o Galo e, daí, não foi um “pombo sem asa cheio de curva e de rara felicidade” do “Zé do Figueira”, mas sim mais um frango desse péssimo goleiro que só nos deu uma Libertadores da América. Fica a reflexão e, mais do que isso, fica o #chupaCornetas que o Victor deu nas penalidades.

Falou “procês” e, se minha coluna permitir, estarei no horto domingo RESSALTANDO as melhoras que o time vem tendo, e NÃO APENAS apontando os dedos nas feridas que todos estão carecas de saber que o Galo ainda tem.

#aquiégalo #blogdosatleticanos


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