quinta-feira, 8 de março de 2018

Pés no chão e, de preferência, no da arquibancada.





Acho que o erro que qualquer atleticano pode cometer, pelo menos nas temporadas de 2018 e 2019, é esperar um time que vá brigar pelo tão desejado campeonato brasileiro. Calma galera... não estou dizendo que não devamos torcer para tal ou cobrar boas atuações, mas temos que ter os pés no chão e entender o atual momento do Galo.

A não ser que o atleticano esteja querendo que a diretoria tome atitudes irresponsáveis (como as da diretoria mariense), é impossível competir, ao menos financeiramente, com alguns clubes brasileiros. A diferença de arrecadação com patrocínios, cotas de televisão e bilheterias é astronômica. E sejamos francos? As últimas diretorias (e incluo a do grande presidente Alexandre Kalil) deixou um belo rombo nos cofres alvinegros.

Não estou dizendo que não dá para acreditar na montagem de elencos competitivos, mas, temos que admitir, é muito mais difícil... Basta se lembrar das novelas envolvendo Gustavo Scarpa e Walace. Acredito que nesses dois anos, a menos que ocorra algo muito fora da curva, teremos que aceitar conviver com contratações como as de Rithely, Roger Guedes, Aroucas... Pode dar certo? Pode! Mas é BEM mais difícil.

Para piorar, nos últimos dois anos, temos trocado de técnico praticamente de 3 em 3 meses. Novamente, não estou dizendo que treinadores como Oswaldo de Oliveira e Rogério Micale não mereciam ser demitidos, mas sim pelo fato de que, desde o afastamento do finado Eduardo Maluf, falta convicção nas escolhas dos treinadores e, para mim, esse é um dos ingredientes para a repetição de um capítulo não muito agradável em nossa história.

Estou escrevendo esse texto logo após a partida contra o Uberlândia, atual lanterna do campeonato mineiro, onde, apesar da vitória por 2x0, vi um time totalmente apático em campo no primeiro tempo e que, não fosse o pombo sem asa do Pastor no início da segunda etapa, teríamos suado para voltar do triângulo mineiro com os 3 pontos necessários para assegurar a classificação no rural... 

Contudo, durante o mesmo jogo, me lembrei do discurso de austeridade do presidente Sette Câmara. Lembrei de toda a dificuldade financeira que contextualizei ainda a pouco. Pensei que é impossível cobrar de Cazares jogadas de Ronaldinho... do Guedes a movimentação do Tardelli ou do Erick a técnica e raça do Bernard. Lembrei que os jogadores que estavam em campo são os que estão nas atuais condições de contratação do Galo e que, se ao invés de apoiarmos, criarmos pressão, certamente teremos mais um técnico caindo antes mesmo deste ser efetivado.

Atualmente, a única conquista que espero nestes primeiros 3 anos de gestão do Sette Câmara, e que será muito cobrada por este que vos escreve, é a construção da Arena MRV. Para mim, ela é nossa maior e melhor chance de contornar todas as adversidades citadas neste texto e voltarmos a disputar todos os campeonatos nacionais e sul-americanos nas cabeças. 

Mas até lá, mais do que nunca, o Galo precisará contar demais com sua torcida. E nós, torcedores, teremos que ficar e cantar, mesmo que com o nariz torcido, para esses jogadores "meia boca" que estão vestindo nosso manto sagrado dentro de campo... mas que, ainda sim, estão o vestindo.

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