sexta-feira, 8 de março de 2019

Pós Jogo - Galo x Cerro Porteño




Estrear na fase de grupos da Copa Libertadores 2019 trouxe algumas lições para este colunista que serão tratadas em 2 tópicos: Foco e Arrogância.

Foco

 Desde que a diretoria decidiu mandar o jogo no Mineirão, após a partida contra o Defensor, que não se falou em outra coisa a não ser na desbotada polêmica “Horto x Mineirão”. E isso é importante por que, perguntaria o leitor da coluna. Questão de simples resposta. Porque, no caso de um revés, as análises seriam rasas por parte da torcida. E foi justamente o que aconteceu. Bastou o árbitro trilar o apito e não foram raros os depoimentos em rede social imputando ao gigante da Pampulha a derrota sofrida pelo Galo. O que nos leva ao segundo tópico deste texto.


Arrogância

O jogo começou no ritmo do Galo 2014 de Levir Culpi. Elias perdeu chance incrível, assim como o Cerro Porteño antes dos três minutos de partida, o que nos fez pensar que “teríamos emoção” no melhor estilo briga de rua. Aos sete minutos, gol do Galo bem anulado pela arbitragem. Aos 10, bola na trave de Cazares. O Cerro mantinha os 10 jogadores atrás da linha da bola (essa passagem será importante ao final do texto). Após o começo frenético, aconteceu o que vem acontecendo com o Galo versão 2019. O time perde rotação e parece incorporar o estilo do time de 2017 do técnico Róger Machado. Parafraseando o André Rocha do UOL, vira time arame liso. Desse jeito foram os 35 minutos finais da primeira etapa quando o Galo só voltou a assustar os paraguaios com chutes de Elias e Cazares após os 40 minutos.
Segundo tempo voltou como terminou o primeiro. Galo lento na transição ofensiva, deixando Cazares e Ricardo Oliveira obrigados a resolver em lances de talento, na individualidade. É nesse momento que quero tocar no ponto da arrogância. Imprensa, torcida e, ao que parece, mesmo os jogadores parecem desconhecer que no nível do futebol sulamericano, QUALQUER time que tenha a organização defensiva mostrada pelo Cerro Porteño virá ao Brasil e exigirá dos times brasileiros melhor desempenho em campo. Nossa arrogância é achar que o gol sairá a qualquer momento porque virou um aparente ataque contra defesa.
Foi nessa de achar que atacar como índio e esquecer seu sistema defensivo fará com que o gol saia é que num contra-ataque muitíssimo bem executado os paraguaios saíram do gigante da Pampulha vitoriosos com Churin calando os 38 mil torcedores.
Ficou claro, já nos dois mata-matas anteriores que será preciso muito mais do que estádio para o Galo sonhar com algo nessa Libertadores. Não passa pela Pitangui ou pela Antônio Carlos a solução de nossos problemas, mas sim pela melhora do desempenho tático do time e, urgentemente, pela melhora do desempenho técnico de alguns jogadores, notadamente seus laterais e médio volantes. A decisão agora é no Uruguai. Vamu, Galo.

por @pauloazulay

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