Estrear na fase de grupos da Copa Libertadores 2019 trouxe algumas lições para este colunista que serão tratadas em 2 tópicos: Foco e Arrogância.
Foco
Desde que a diretoria decidiu mandar o jogo no
Mineirão, após a partida contra o Defensor, que não se falou em outra coisa a
não ser na desbotada polêmica “Horto x Mineirão”. E isso é importante por que,
perguntaria o leitor da coluna. Questão de simples resposta. Porque, no caso de
um revés, as análises seriam rasas por parte da torcida. E foi justamente o que
aconteceu. Bastou o árbitro trilar o apito e não foram raros os depoimentos em
rede social imputando ao gigante da Pampulha a derrota sofrida pelo Galo. O que
nos leva ao segundo tópico deste texto.
Arrogância
O jogo começou no ritmo do Galo
2014 de Levir Culpi. Elias perdeu chance incrível, assim como o Cerro Porteño
antes dos três minutos de partida, o que nos fez pensar que “teríamos emoção”
no melhor estilo briga de rua. Aos sete minutos, gol do Galo bem anulado pela
arbitragem. Aos 10, bola na trave de Cazares. O Cerro mantinha os 10 jogadores
atrás da linha da bola (essa passagem será importante ao final do texto). Após
o começo frenético, aconteceu o que vem acontecendo com o Galo versão 2019. O
time perde rotação e parece incorporar o estilo do time de 2017 do técnico
Róger Machado. Parafraseando o André Rocha do UOL, vira time arame liso. Desse
jeito foram os 35 minutos finais da primeira etapa quando o Galo só voltou a
assustar os paraguaios com chutes de Elias e Cazares após os 40 minutos.
Segundo tempo voltou como
terminou o primeiro. Galo lento na transição ofensiva, deixando Cazares e
Ricardo Oliveira obrigados a resolver em lances de talento, na individualidade.
É nesse momento que quero tocar no ponto da arrogância. Imprensa, torcida e, ao
que parece, mesmo os jogadores parecem desconhecer que no nível do futebol
sulamericano, QUALQUER time que tenha a organização defensiva mostrada pelo Cerro
Porteño virá ao Brasil e exigirá dos times brasileiros melhor desempenho em
campo. Nossa arrogância é achar que o gol sairá a qualquer momento porque virou
um aparente ataque contra defesa.
Foi nessa de achar que atacar
como índio e esquecer seu sistema defensivo fará com que o gol saia é que num
contra-ataque muitíssimo bem executado os paraguaios saíram do gigante da
Pampulha vitoriosos com Churin calando os 38 mil torcedores.
Ficou claro, já nos dois
mata-matas anteriores que será preciso muito mais do que estádio para o Galo
sonhar com algo nessa Libertadores. Não passa pela Pitangui ou pela Antônio
Carlos a solução de nossos problemas, mas sim pela melhora do desempenho tático
do time e, urgentemente, pela melhora do desempenho técnico de alguns jogadores,
notadamente seus laterais e médio volantes. A decisão agora é no Uruguai. Vamu,
Galo.
por @pauloazulay
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