Como explicar o inexplicável? Sim, é inexistente a
possibilidade de se descrever ou tentar traduzir em palavras este sentimento
chamado Clube Atlético Mineiro. Me pego em um domingo destes refletindo sobre o
que ando fazendo da minha vida, porque domingo é este dia bem nostálgico mesmo,
onde o tiramos pra comer muito e pensar na vida. E após muita reflexão, penso
que não importa o rumo que eu dê, o caminho sempre será trilhado por duas
cores: o preto e o branco. Onde quer que eu pise ou seja qual for o lugar que
eu alcance, lá estará o escudo alvinegro com as iniciais daquilo que representa
o maior dos sentimentos.
Queria eu estar com 107 anos de vida só pra poder ter o
gostinho de falar que vi o Galo nascer, participei deste sonho desde o começo e
carrego comigo lembranças que vão muito além de fotografias ou filmagens, elas
estariam na minha mente. No entanto, sinto que cada Atleticano tem seus 107
anos sim! O que é a presença física perto do que sentimos? O torcedor Alvinegro
carrega sua paixão consigo desde 1908, e a carregará além da vida também. É
infinito.
Presenciei até hoje cenas inesquecíveis com o meu time. Desde
o momento mais difícil tanto pra nós torcedores quanto pra todos que
representavam ou ainda representam a instituição até o ápice de felicidade do
Atleticano: a conquista do impossível. Vi o Galo jogar com Mixirica, Bilu,
Márcio Araújo, Leleu, Aranha. Também o vi jogar com Marques, Ronaldinho Gaúcho,
Diego Tardelli, São Victor. Com eles eu já passei muita raiva ou muitos
momentos bons. Chorei e sorri, e confesso: cornetei e me arrependi.
Com muito respeito aos que tem apenas títulos, mas não
trocaria o amor do Atleticano pelo clube por nenhuma taça. Não desmereço os que
já conquistamos ou ainda iremos conquistar, mas o que eu sinto vai muito além
disso. Poucas torcidas são tão apaixonadas quanto a nossa. É notável a
diferença ainda aqui no nosso Estado. De um lado, estádio vazio por “estar
frio”, do outro, ingressos esgotados numa quinta-feira gelada às 21:45 da
noite. Show da torcida e show em campo, é isso que sabemos fazer de melhor.
O Atlético nunca andou sozinho, e nunca precisará o fazer. A
massa o acompanha em todos os cantos, em tudo, não importa o que aconteça. Seja
na primeira, segunda ou terceira divisão, seja no Mundial de Clubes, seja no
inferno, o Atleticano cava um buraco no chão na tentativa de chegar lá a tempo
de comprar ingresso. É loucura sim, é fanatismo sim, e com muito orgulho,
obrigada! E se me perguntarem se eu pretendo algum dia parar de pensar tanto no
Galo pra pensar apenas em mim, ouvirá da minha boca que não há como tirar de
mim quem sou eu. Sem Galo, eu simplesmente não sou.
Bárbara Bernardes.
Me sigam no twitter: @babi1908
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