domingo, 3 de maio de 2015

Galo é Religião #4 - Porque tem que ser tão sofrido?


Mais uma vez, sofrido. 
Mais uma vez, Galo. 

Seja no mineiro, no brasileiro, na libertadores, no mundial. Da partida no FIFA ao futebol de botão. Do amistoso às finais. Do treino à decisão. Como diria um Atleticano conhecido pela massa: porque que tem que ser tão sofrido assim, meu Deus do céu? 

As vezes me pergunto o porque das coisas serem sempre tão difíceis pra gente, e acho que a resposta está na alma do torcedor do Atlético. Será que se fosse tudo fácil teria graça? Valorizaríamos tanto nossas vitórias e conquistas? Sinceramente, não. 

Não que o Atleticano goste de sofrer, mas ele está acostumado, porque até quando ganha, sofre. Fomos batizados assim e é isso que nos faz dar valor às conquistas e, acredite se quiser, também nos faz amar ainda mais o Galo. 

Que me desculpem os que ganham títulos com placares largos ou rodadas de antecedência, mas o futebol jogado pelo Atlético em decisões é o que restou da alma do verdadeiro futebol brasileiro. Num país onde tanto taças quanto rebaixamentos são decididos em salas de reunião, ver um time decidindo em campo virou artigo de luxo. 

Hoje em dia é difícil ver um clube lutar com raça pra vencer, resgatando o espírito de torcedor existente em todos nós. Aos amantes do bom e velho futebol, um jogo do Galo é o melhor programa pra um domingo a tarde ou quarta a noite, não importa o dia ou a hora, tem futebol bonito. 

E é esse sofrimento que nos difere dos outros torcedores. Pra eles, a comemoração dura 1, 2, 3 dias. Pra gente nunca acaba, porque nossas conquistas são sempre únicas, inacreditáveis, de forma que nenhum outro time faz. 

E é contagiante este sentimento, de maneira que até algumas emissoras se renderam e os jornalistas se curvaram tendo a obrigação de reconhecer que aqui em Minas temos dois tipos de futebol: um que vive cheio de vaidade e outro que é venerado por milhões e contagia multidões. 

Tudo é sofrido porque tem que ser! Não tem uma razão específica ou motivo determinado, é sofrido por ser Galo, e podem se passar mais 107 anos, vai ter sofrimento e o Atleticano vai gostar. Porque meu caro, vale a pena! 

Onde é que já se viu um elenco como o nosso ir jogar a primeira partida de uma final no Mineirão lotado e não fazer um golzinho sequer? Vai ter sofrimento contra a Caldense sim! 

A não ser contra nosso ex-rival/sempre freguês que nos entregou um título nacional em casa, tudo é difícil. Até time grande se apequena diante do Galo, não pelos placares feitos, mas pela magia existente no nosso modo de jogar.

Ao Galo hoje eu desejo um bom jogo, e que tenha sofrimento, mas um sofrimento que valha a pena no final. Que ao som do ultimo apito da partida possamos fazer valer o canto de "valeu a pena, Galo!" e que cada suor desesperador se transforme em lágrimas de felicidade. 

Vamu Galo, EU ACREDITO! 


Bárbara Bernardes - Facebook e Twitter

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