Aqui é Pratto, ops, Aqui é Galo
Vou tentar resumir o que penso
sobre a saída do Pratto. Começo pela parte menos chata, mas ainda assim chata.
Desde 2015 que temos uma nova tradição na torcida do Galo (não estou
generalizando, mas são muitos): começar o ano criticando ferozmente o Daniel
Nepomuceno.
Em 2015, mesmo com o time
conseguindo uma taça nacional em cima do rival, várias foram as cornetadas
sobre a falta de contratações para a disputa da Libertadores daquele ano. Era
ainda um resquício da frustração da saída do Bruxo misturado a uma certa
desconfiança com a chegada de um certo atacante argentino que, mesmo sendo
escolhido o melhor jogador do certame nacional, o tinha feito num campeonato de
baixo nível técnico.
Em 2016, a soma falta de títulos
no ano anterior (Galo foi vice campeão brasileiro. Para muitos não é nada) mais
uma série de contratações da equipe da enseada das garças fez com que nosso presidente
fosse achincalhado dentro e fora das redes sociais. E olha que o tempo mostrou
que os craques Federico "Kiko" Gino, "Sanchez Mínimo", "Pisano
em ovos", "Bruno Ronaldo Nazário", "Douglas Coutinho do
Liverpool" e "Rafael Nadal Silva", este último confundido com o
tenista, foram realmente contratações muito melhores que a do ex-jogador em
atividade Robinho que veio para o Galo. Não vou nem citar as contratações de
Otero, Fábio Santos, Cazares. A disputa é inglória para o nosso lado.
Pois bem, em 2017, o filme se
repetiu e, influenciados por contratações que ainda não viraram reforços no
rival, Nepomuceno e Maluf, seu "incompetente" Diretor de Futebol,
novamente tiveram que lidar com a desconfiança, vamos classificar assim, da
torcida do Clube Atlético Mineiro. Aquela que, fora da rede social, tem em
todos os seus integrantes, pessoas conscientes, tolerantes e que apoiam sempre
sendo sócio torcedor e indo ao campo. Os incompetentes dirigentes trouxeram
Elias, Felipe Santana (já execrado como o pior zagueiro do mundo ao lado do
Erazo), Danilo Barcelos e o maior dos reforços: mantiveram o elenco de
jogadores, treinados, neste momento, pelo técnico que era cobiçado por muitos
gigantes do futebol nacional.
Aí você pensa. Bom, agora é dar
tempo ao Róger, apoiar e torcer para que o trabalho evolua. Certo? Certo! Mas
não foi assim que funcionou. Bastou uma derrota "vexatória" na
Primeira Ninguém Liga que deu o título "vencedor de clássicos" ao
rival para a terra tremer novamente. Citar o rival e "tremer" pode ou
não ter sido mera coincidência. Mas o que importa é que perdemos nossa
hegemonia na "Taça dos Clássicos". E isso tirou o sono de muito
atleticano, com "a" minúsculo mesmo.
Chego na parte mais chata do
texto. Um acontecimento/especulação nessa semana tirou novamente a paz na
Megalópole do Galo. Pratto ia/vai/foi para o São Paulo. A frase está certa
mesmo. Sem qualquer pronunciamento do clube, "especialistas em Finanças",
"experientes Diretores de Futebol", "Grandes Presidentes de
clubes", "Renomados juristas", que formam a modalidade de sócio
do Atlético denominada "Dedo na Veia", invadiram as redes sociais e
passaram a julgar novamente, ainda que em cima de especulações e informações
desencontradas, nosso presidente e nosso diretor de futebol.
Grande parte dessa turma que nunca
vendeu um picolé na vida, que nunca fez e cumpriu um planejamento financeiro, que nunca jogou num campo gramado etc, viram,
quando se trata do Galo, experts em tudo.
Não estou aqui para convencer
ninguém. Muito menos para discutir o que é Raiz e Nutella. Estou aqui apenas e
tão somente para lembrá-los de uma coisa: Aqui é Galo. Lembram? Clube Atlético
Mineiro. Aquele time ali de Lourdes. Aquele que já teve a torcida mais elogiada
e mais temida do Brasil. Não acreditam? Façam pesquisas nas redes sociais, em
sites de canais de tv, sites de rádios. Vocês lerão, assistirão e ouvirão
depoimentos de jogadores e dirigentes como Casagrande, Paulo Roberto Costa,
Thiago Neves, Robinho, Ronaldinho Gaúcho, César Masci. Até um amigo meu chamado
Gilvan outro dia disse "Em Minas Gerais todo mundo é Atleticano",
assim como um treinador outro dia disse: "Conheço a aldeia. Aqui sempre
vem um vestir a camisa do outro lado". Isso é reconhecimento, amigos. Só
tá faltando o reconhecimento voltar de grande parte daquela gente que invadia a
pampulha e soltava, do fundo da alma, aquele grito de "Gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalllllllooooooooooooooooo".
Por @pauloAzulaybh
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