A Resistência Alvinegra

Uma Vez até Morrer #19 - A Resistência Alvinegra

Em 1971, quando o Galo se sagrou como o primeiro campeão brasileiro, não imaginávamos o quanto seria difícil e tortuoso o caminho para um bi campeonato. Diga-se de passagem, bi campeonato de verdade, sem nenhum título por fax, conseguido por confabulações políticas.

Aliás, tal situação não combina mesmo com o Alvinegro, que desde sempre foi o time do povo, o time do preto, do branco e de todas as raças, o time que lutou contra as desigualdades, contra o sistema, e que ainda teve um ídolo maior para protagonizar tal consciência política, nosso Rei, Reinaldo.

Ainda nos dias de hoje lutamos contra o sistema e contra injustiças. Quem se lembra da luta pelas cotas de TV mais justas? Em que nosso ex presidente Alexandre Kalil ficou sozinho, enquanto os outros times iam recebendo vantagens para aderir ao acordo com a TV (entre essas vantagens, títulos reconhecidos de 1900 e bolinha), aceitando a vergonhosa distribuição de numerário, na qual coloca o Fl4amengo e o Corinthi4ns com uma fortuna a mais do que o restante dos times, criando um abismo financeiro entre os clubes, alguns inclusive, tentam no mercado negro, vender um título de fax para pagar ingresso de torcida organizada, sem sucesso.

O Galo sempre rompeu barreiras frente aos times do eixo, com seus números expressivos em vendas de Pay Per View, de camisas, público em campo, entre outros. Enquanto isso, do outro lado da lagoa, faltam patrocinadores, mesmo após um bi campeonato nacional. Por quê? A resposta é simples: as empresas sabem qual é a torcida mais fiel, que mais divulga e consome sua marca.

Assim, continuamos aqui pagando por tudo isso, por divergir e por tentar buscar mais justiça no futebol, e pagamos caro! Pagamos em cada falta não marcada, em cada favorecimento aos queridinhos globais, tudo bem engendrado, aos poucos, em doses homeopáticas, porém mortais!

O que nos resta? Resta-nos passar por cima disso tudo! Resta ao time jogar mais do que todas as adversidades, passando por 11 jogadores, uma comissão técnica, 4 apitadores, uma Globo e uma CBF. RESTA A TORCIDA TORCER! Encher o campo e ajudar nossos guerreiros a enfrentar tudo isso! E no momento do Gol, sugiro uma comemoração tal qual nosso ídolo Reinaldo, estendendo o braço com o punho cerrado para cima, simbolizando nossa luta contra tudo e contra todos!