sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Falando Sobre o Galo #14 A Nova fachada da sede do Galo





Quando você chega no Lourdes, já tem um ar de hospitalidade, um sentimento bom de receber um abraço acolhedor. A sede do Galo é o destaque mais deslumbrante do bairro nobre de Belo Horizonte, com sua inauguração em 1962 e desde lá vem sendo modernizada. A sua última modernização deu um ar de grandeza a fachada, com um sentimento de orgulho, só de ver de relance.
Com um projeto imponente e grandioso, a nova fachada da sede administrativa do Galo é um projeto do arquiteto atleticano Bernardo Farkasvölgyi. Um painel externo, de 33,5m por 10,5m, com placas pretas de metal furadas, foi instalado sem nenhuma reforma estrutural no prédio - o que é chamado de envelopamento. A rapidez foi devido à pressa que o Presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, tinha para ver tudo pronto. O arquiteto explica melhor como surgiu o convite e como foi o processo criativo.

- No começo de dezembro, o presidente Daniel Nepomuceno me chamou com a proposta de dar uma modernizada na fachada da sede. Eu, como sou atleticano, respondi que achava muito legal. Dentro dessa linha de modernização do Atlético, eu achei uma ideia muito boa criar uma nova identidade visual para o local. Ele disse que queria que ficasse pronto muito rápido, junto com o lançamento dos novos uniformes. Eu disse pra ele que a gente tinha que fazer algo mais simples, que não adiantava fazer algo que fosse quebrar fachada, colocar revestimento ou algo assim. Aí que veio a proposta do envelopamento. No fundo, isso é quando você coloca a fachada sobre algo já existente. Quando a gente criou, pensei que não poderia fechar com algo preto, fechado. Pensei com tela, e aí pensei nessas placas, com aquelas furações. Não é um material barato, mas também não é caríssimo. O prédio ficou branco atrás, a gente envelopou ele com as placas pretas, e aí dá aquela impressão de branco e preto de dia.
A fachada da sede ficou simplesmente fantástica, com um ar bem futurístico a sede, uma linda repaginada a sede.




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A imagem por si só já mostra o quanto ficou linda a fachada

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016



Carta para Robinho.

Caro Robinho,

Me chamo Paulo Azulay e nasci Atleticano lá em Belém do Pará no ano de 1980. É isso mesmo. Na época do maior assalto da história do Brasil. Enfim, resolvi te escrever estas mal traçadas linhas para te dar boas vindas ao Galo. Mas para isso preciso te contar umas coisas. Moro hoje em Teófilo Otoni no nordeste de Minas. Todo final de semana vou para uma cidade chamada Pavão e, no caminho, num povoado chamado Limeira que tem 1000 habitantes aproximadamente existe um bar daqueles característicos desses rincões que só as Minas Gerais tem. 
Então, nesse Buteco copo sujo, como chamamos por aqui, tem um símbolo do Galo pintado em uma de suas paredes. A parada do ônibus é em frente dele e, acredite você, seu nome estava na boca de alguns homens que estavam lá na rápida parada que fizemos. A maioria feliz e vibrando com sua chegada no alvinegro das alterosas e uma pequena parte com uma dor de Cotovelo. A proporção era a já costumeira, 4 para 1. Então, pensei e me questionei: será que o Robinho imagina que neste lugar que parece (só parece) esquecido por Deus tem gente eufórica por sua chegada?
Cara, eu te falo. Fui um dos que quis matar o Kalil por ter trazido o Ronaldinho. Sou sincero e admito que não o queria, mas confesso que estava entre os milhões que choraram com ele quando ele disse na época da doença de sua mãe: "esses caras me abraçaram e eu vou com eles até a morte". É isso, Robson (colocar nome completo). Quem honra a camisa que enverga varal e não cai nem na mais forte tempestade, vira ídolo eterno da torcida que mais alenta nesse país. Contra o vento, Riascos, CBF e seus classificadaços. Nós torcemos contra tudo e todos. A favor? só do Galo e de quem honra nossa segunda pele. 
Quer um conselho? Chegando na cidade do Galo pergunte ao Victor  o que é ser elevado ao status de Santo. Troca uma ideia com o Léo Silva e saiba porque ele fez a melhor escolha da vida. Chega no Dátolo e procura entender porque ele beija o escudo toda vez que faz gol e diz sentir como se estivesse beijando sua mãe ou abraçando seu pai. Sabe o Luan? Cê vai ficar de cara quando ele te explicar porque corre igual a um louco em TODO jogo e chorou lá em Tijuana. Resenha com seu parceiro Tardelli e você entenderá porque o cara acorda de madrugada na China pra assistir os jogos do Galo. Do R10 eu já te dei a dica. Aí, quando você estiver habituado em BH, numa folga faz aquele churrasco e convida O Rei, o Dadá, o Cerezo e o Marques. Velho, você entenderá porque vai querer "comer grama". 
Bem vindo pedalada. Milhoes estão sorrindo nesse momento, inclusive aquele carinha lá da Limeira que já-já estará com uma camisa com seu nome. 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Galo Nosso de Cada dia #19 - As definições da torcida foram atualizadas?


Massa, você é uma das coisas mais lindas que existem na face da terra. E, modéstia à parte, você sabe disso. Mas eu estive lendo e observando o debate atual sobre as mudanças no comportamento da torcida nos últimos anos. Penso que pra tentar entender isso é pertinente analisar o básico, o central, enfim, o que te define como um torcedor do Galo. É...é controverso, é subjetivo. Mas eu resolvi não fugir da tentativa.


O que te define, então, Massa? Com sua licença, vou tentar responder.







Punhos erguidos em protesto te definem. Pés esquerdos aos 47 do segundo tempo. Paradas no ar. O grito de "eu acredito" que sai da alma, invade o gramado e empurra cada jogador, te define. 2x0s e 4x1s. Viradas antológicas. A raça. Seus ídolos que nem sempre levantam taças, mas que sempre honram sua camisa e dão o sangue pelo Galo. Ídolos que marcam gerações, ídolos que chegam renegados e saem coroados. Lutar, lutar, lutar contra o vento. Isso te define.


Mas sabe o que não te define? Um código de defesa do consumidor. Não, você não é consumidor. Até porque, ser consumidor é pouco, é comum. Um torcedor do Galo não é comum e nunca se prestou a ser. Então, por quê estamos agindo como consumidores? Por quê estamos esquecendo que estádio não é um lugar qualquer, que ali ficam nossas lágrimas, nosso suor, nossa alegria, nossas vozes? 


Estádio não é shopping e um jogo do Galo não é um produto que você esperneia na hora se vier com defeito. Estádio é lugar sagrado e o comportamento ali deve ser diferente. Cobrar como consumidor é diminuir o tamanho do impacto de ser torcedor, o efeito de torcer, a emoção de fazer parte de uma vitória. É diminuir o valor da torcida. 


Você é torcedor do time mais fantástico da história da humanidade. Você faz parte dessa massa. Voltemos a agir como tal.
Saudações!

Fernanda
@fersoares